Crê, esta enojada criatura a teu lado mora
Te ilude e cega
Depois que tua alma dilacera
Te consome as forças e te joga fora
É esta vil, cretina, desvairada
Que te acaricia e corta
E te atira, para em pranto entregar-te
Meu caro, não te retardeis
São os que mais confias
Que mostram a língua bipartida
Tomeis cuidado com esta carnificina
Quando nada de ti restar
Facilmente é feita a troca
Retoma o ciclo,espreita
Para efetuar outro sofrimento ao fim da rota.
(Raniere de Carvalho)